quinta-feira, 22 de novembro de 2007

(no title)

Tem dias em que a solução mais apta para suportar a lentidão na qual a vida se baseia parece ser a procrastinação da dor, do pensamento e, principalmente, da realidade.
É estranho como ilusioriamente tudo parece se basear em fatos que nos desagradam. Acredito que algumas pessoas atingem um estágio em que fica realmente difícil algo ser considerado deveras agradável.
Eu algumas vezes tenho me encontrado nesse estágio. É estranho sempre buscar algo que não está ao seu alcance, e aí você luta pra conseguir o que quer. E o pior de tudo é que muitas vezes consegue, aumentando assim a vontade de algo novo. Como se a vida nunca bastasse por si só. Como se você não se bastasse.
O fato é algo está faltando, algo não se encaixa. E eu sei bem o que é. ou acredito saber. Mas não há nada a fazer quanto a isso no momento, sendo, portanto, necessárias algumas distrações. E ando tão distraída que já nem sei mais o que é distração e o que é vital. Como se você fosse o ser mais impotente dantes aqui vivido.
É sempre assim que a vida segue. E quando você decide girar... o mundo pára.

"Tem dias que a gente se sente um pouco talvez menos gente. Um dia daqueles sem graça, de chuva cair na vidraça... Um dia qualquer sem pensar, sentindo o futuro no ar, o ar carregado... sutil! Um dia de maio ou abril. Sem qualquer amigo do lado, sozinho, em silêncio, calado, com uma pergunta na alma: por que nessa tarde tão calma o tempo parece parado?"

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